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Geral

São Silvestre - parte 3, por Bruna Girotto

12 de janeiro de 2012 - 10:20

Correr 15 quilômetros não foi tão fácil como imaginei. Principalmente para mim, que como contei no primeiro artigo, tive uma perda de peso excessiva no ano que ou. Treinei a corrida em si somente últimos meses que antecederam a prova.

Lembra que disse ontem do perigo da largada? Então, graças a Deus eu não cai. Mas foi por pouco. Tinha um lixo absurdo no chão. Eram cascas de banana, restos de maçã, garrafas plásticas vazias, com água ou xixi. Qualquer o errado, certamente me levaria ao chão. Mas, deu tudo certo.

O primeiro quilômetro foi o mais intenso. Como saímos bem na frente do pelotão geral, tivemos de aumentar o ritmo. Eu havia treinado para completar cada quilômetro da prova em até 7 minutos. No primeiro, fiz em 5 minutos. Mais para frente sentiria o resultado deste ritmo que, para mim, era muito forte.

Quando vi a plaquinha indicando \"Km 1\", a primeira coisa que meu ou na cabeça foi: \"Meu Deus, faltam 14 quilômetros ainda\"! Mas, com o tempo você para de se preocupar com isso e começa a focar na prova em si. Principalmente, depois que ajusta as adas e a respiração.

Como eu estava há 3 horas em pé, não via a hora de beber água. Um erro da organização - que outros corredores também reclamaram - foi o fato de não ter água nos dois primeiros postos de água. Resultado: fui beber água quase no quinto quilômetro. Sentia que estava desidratada, mas nem isso me abalou.

É muito emocionante a corrida toda. As pessoas aplaudindo nas ruas, quando a gente a dentro do túnel a galera grita e dá aquela força. Legal também é ver as crianças esticando o braço para você tocar.

Eu caminhei três vezes na prova. Principalmente, quando pegava água para beber. Sentia que precisava me hidratar direito, para poder concluir a prova. Eu sempre aprendi a lidar com o meu limite, e não vou além disso. Isso porque, corro porque gosto, pela diversão, pela sensação de felicidade que isso dá.

Teve um posto de abastecimento que teve Gatorade. O líquido vinha em um saquinho branco, foi na metade da prova. Adorei. Meu irmão me contou que pegou uns 4 saquinhos para se hidratar. Ah, o Guilherme se distanciou de mim no primeiro quilômetro. Depois que amos pela sujeira, eu disse a ele que diminuiria o ritmo e que ele poderia seguir. Ele completou a prova 1h37min.

Fala-se muito da subida da Brigadeiro. Eu achei semelhante à subida da avenida da Saudade (Cemitério). Só que três vezes mais extensa. Acho que o maior cansaço está no fato desta subida vir bem no final da prova. Ali, confesso, foi um dos pontos que andei. Até conheci o sr. José, do Pará. Ele andou comigo. Um pouco assustado, dizia que não queria puxar muito, porque vai que tinha um problema no coração e morria ali. É cada coisa que a gente ouve!

Eu disse que o pessoal fala muito da Brigadeiro, porque eu achei muito mais difícil uma subida que fica na Avenida Rudge. Era uma subida mais forte, porém uma distância mais curta que a Brigadeiro. Mas confesso que a Brigadeiro não é nada doce.

Eu completei a prova em 1h56 minutos. Durante essas quase 2 horas de prova, eu pensei em tanta coisa. Se o Miguel, meu filho, estava bem, já que ele ainda mama no peito. Como gostaria que fosse meu ano de 2012 e como eu estava feliz [cansada] e realizada por estar correndo ali.

Completar a prova foi maravilhoso. Indico para todos que gostam de correr, ir uma vez só. Gostarão tanto da aventura, que certamente irão voltar! É o que eu e minha família pretendemos fazer neste ano.

Amanhã conto como foi depois que ei a linha de chegada.

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